Quando penso
Com calma
Sobre ter calma
Nestes tempos
Sem amor nem alma
Fico bem tenso
Com suor nas palmas
Sem o xis no mapa
Do país que perdemos
Para os canalhas,
Canalhas, canalhas
Desde mil e quinhentos
Confundo a calma
Com a total falta
De conhecimento
Do que está acontecendo
Não é fábula
Mas uma tocaia
Que não caia no esquecimento
Da sombra da fábrica
Nas ondas da praia
Quem se diz isento
É tão sanguinolento
Quanto os crápulas
Que quebram a placa
Que matam à faca
Que metem a porrada
Que cospem na cara
Notícias falsas
Com fundamento
No ressentimento
No ódio, na raiva.
Vou-me embora pra Pasárgada
Eu vou para Maracangalha
Eu vou com o documento
Carimbado de esperança até na mala.
Nenhum comentário:
Postar um comentário