Buracos? Boatos?
Não encaro nem busco
Estou atrás de entusiasmos
Não sou operário do susto
Preciso ir lá embaixo
Para encontrar o sumo
E me ensopar no barro
Ondulando no fundo
Porém nada mais traz
A magia dos pueris tempos
Saudade ou nostalgia, tanto faz
Eu resisto quando me lembro
Há quem goste mais
De olhar para o firmamento
E pescar temporais
Do que se ancorar por dentro
Os nomes da infância jamais
Cairão no esquecimento
Eu quero aquela paz
Ou qualquer entendimento
Biruta? Um bocado
Não crio gomas nem musgos
Estou atrás de recados
Nos grilos, nos muros
Preciso ir, senão me calo
Cansado em cacos sumo
No retrovisor do carro
Do que restou do mundo
Aos nomes da infância que jaz
Mando meu agradecimento
Eu quero aquela paz
Apenas a que aguento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário