Cidade perfeita
Para a aposentadoria
Saudade que me deita
De tão onírica
Confesso que ainda estou por aí
Nos ecos da madrugada
Desvirginado ao proferir
Os meus gozos da alma
Mais do que às vezes é o meu lar
Pelos deuses protegido
Caí na real que é o lugar
Que me remete ao paraíso
Ando em suas ruas em sossego
De pedras etéreas em desalinho
Como se estivesse trôpego
Mesmo sem ter bebido
Parada no tempo
E além do futuro
Paraty é o alento
Até do porto seguro
Recepção feita
Para todas as telepatias
Dispensa sobremesa
Se a refeição principal é poesia.
Um comentário:
oups!
pára tempo! pára!
é o que me pedia
mas a via
de asfalto
diza apenas:
acorda menina!
vara, noite, vara!
é vero, paraty é uma delícia.
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