Ando por entre os prédios
Para espantar o frio
Soprado da praia
Quando tosse o tédio
E me expectoro sozinho
Torço pra que a expiação saia
Passo sem enxergar nos olhos
De quem passa por mim
De quem deixo passar
Colho o imbróglio
E as pragas no jardim
Pra que não me espalhem mais.
Um comentário:
Seus poemas tem uma disposição formal muito recorrente cara (apesar de não parecer proposital)...
Reconheceria um poema seu em uma livro de 500 páginas sem precisar ler.. só olhando as manchas de texto.. As vezes bem reto, as vezes levemente ondulado, dificil encontrar um verso com mais de 6 palavras...nada tão regular, mas Esse ultimo por acaso é de uma simetria vertical impressionantemente agradável
precisamos trocar idéias sobre isso!
abraços, bruno
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