sábado, 3 de maio de 2025

Experiências transcendentais

 

Uma miríade de ideias
Elevadas pela pirâmide na planta
Aldeias de plêiades virtuais
Experiências transcendentais
No exame da vida cotidiana

Desembarque das naves
Loucas, sem estabilidade e ocas
Uma hora a gincana cansa
Após a descoberta da chave,
Da chama liberta da bolha

Estou fora deste jogo
Não tenho fôlego para jogar mais
Respiro melhor com a luz do fogo
Sei do mel, da fúria e do que sou capaz
Ainda serei eu mesmo se for outro

Nova peça alucinante em cartaz
Refração da onda, as cartas mudam
Antes o sabor da peçonha
Do refrigerante sem açúcar
Do que sabotar a própria pessoa

Já era para saber que tarde não é nunca
Há tempo e tempero para tudo
Tempestade, segredo e temperatura
Fósseis para cada segundo
Entre as fissuras dóceis

Velhas músicas
Doces em altas doses
Motivo não é desculpa
Para os pés imóveis
Alma aluna e mestra na sala de aula

Fechamento no meio da rua
Estamos juntos no ar, na jaula
E chegará a janta ou a ocasião
Num desses feriados universais
Em que os desiguais se igualarão

Há quem exiba
Tanto a superfície
Em Búzios, Barra ou Ibiza
Que a cara não se exige
Nos difíceis dias infernais

Nostalgia e intuição genéticas
Experiências transcendentais
Espelhos, esperanças, pérolas e pedras
Na instância do circo, no trapézio
Das circunstâncias para amanhã

Memória e sonho me reconectam
À criança calma e à ânsia anciã
Ambas certas do belo mistério,
Moram no berço que virou divã
Antes o deletério do refrigerante zero.


















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