Uma miríade de ideias
Elevadas pela pirâmide na planta
Aldeias de plêiades virtuais
Experiências transcendentais
No exame da vida cotidiana
Desembarque das naves
Loucas, sem estabilidade e ocas
Uma hora a gincana cansa
Após a descoberta da chave,
Da chama liberta da bolha
Estou fora deste jogo
Não tenho fôlego para jogar mais
Respiro melhor com a luz do fogo
Sei do mel, da fúria e do que sou capaz
Ainda serei eu mesmo se for outro
Nova peça alucinante em cartaz
Refração da onda, as cartas mudam
Antes o sabor da peçonha
Do refrigerante sem açúcar
Do que sabotar a própria pessoa
Já era para saber que tarde não é nunca
Há tempo e tempero para tudo
Tempestade, segredo e temperatura
Fósseis para cada segundo
Entre as fissuras dóceis
Velhas músicas
Doces em altas doses
Motivo não é desculpa
Para os pés imóveis
Alma aluna e mestra na sala de aula
Fechamento no meio da rua
Estamos juntos no ar, na jaula
E chegará a janta ou a ocasião
Num desses feriados universais
Em que os desiguais se igualarão
Há quem exiba
Tanto a superfície
Em Búzios, Barra ou Ibiza
Que a cara não se exige
Nos difíceis dias infernais
Nostalgia e intuição genéticas
Experiências transcendentais
Espelhos, esperanças, pérolas e pedras
Na instância do circo, no trapézio
Das circunstâncias para amanhã
Memória e sonho me reconectam
À criança calma e à ânsia anciã
Ambas certas do belo mistério,
Moram no berço que virou divã
Antes o deletério do refrigerante zero.
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