Eu incendiaria
Se me esquentasse a sede
Se me encostassem na parede
Eu regurgitaria
Se não cuspisse no prato
Se não coubesse no espaço
Eu evaporaria
Se me pululassem os nervos
Se pulassem o que escrevo
Eu gotejaria
Se exprimisse via esferográfica
Se imprimisse lágrima
Mas expectoro os grilos
Sei que não adianta
Ficar intranqüilo
Toda hora é santa.
5 comentários:
Expectorar os grilos.
Talvez seja esta a palavra de ordem que preciso.
Obrigado por apresentá-la a mim.
Abraços.
Tchello! Tua poesia tá cada vez melhor! Beijocas!
a hora morta, a pedra morta, agonia e as laranjas do quintal..
chegando pela ponte ana mangeon. tua poesia é toda música! uma e outra me lembraram cazuza... (amo). parabéns!
nada de grilo, sempre tranquilo mas na atividade, compadre!
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