Vidas entregues
A domicílio
Ou na sarjeta
E há quem se cegue
Por necropolíticos
Covardes e caretas
O mundo está prestes
A mudar de cenário
Em vez da cabeça
E há quem se preste
A dizer o contrário
Das teses e receitas
A realidade não serve
Para os aplicativos
Que apenas enfeitam
E há quem me leve
A crer nalgum sentido
A criar qualquer certeza.
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