quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Vamos sair da normose

Os temas e as metas 

Não podem ser apenas metais

São da polpa as colheitas

Em vez da pompa e do papel 

Moedas mentais 


Tilintam do céu 

Viver é um sacro ofício 

Generosidade 

Não é desperdício 

Eu entendi que é hora 


De ficar fora

Da normose 

Apelidada de normalidade 

Atualmente me apavora

A ideia de tomar uma dose 


Do mar de peçonha, de algo

Que me deixa fraco

Mole e grogue

Eu piamente supunha 

Que era alívio ou remédio 


O sutil veneno 

Mas fui testemunha

Das perdas de crédito

Até então não estava vendo

Corria completamente cego 


Viajava e me perdia

Nos atalhos da vida

A Via Láctea

Não é a única galáxia 

Os objetivos não são só mentais 


Não mora no exterior a paz

Há várias Niteróis

Vamos sair da normose 

Vamos cuidar de nós

Radares, cumes, vales e drones 


Sobrevoando nos arredores 

Nuvens, anjos, urubus e pontes

Sobre o travesseiro, na travessa

Com o novo estilo de cabelo

Dentro do corpo, dentro da cabeça 


Vamos nos cuidar direito

Com coragem e carinho 

Eu viro um exército 

Comigo não estou sozinho

Voava plenamente cego 


Agora me visto de audácia e afeto

O sonho pertence à preguiça 

E o pensamento, ao trabalho

A religião dispensa joelhos e missas

As aves mostram o quão somos baixos.



Nenhum comentário: