Eu estou tão longe
Que nem sei onde
Sou só um pingo
Não nasci num domingo
Eu estou tão perto
Que nem sei ao certo
Não passo de uma formiga
Ser cigarra me intriga
Na verdade o que viso
É passear lá fora
Para me dar um sorriso
Que nem sei abrir agora.
Compilação randomicamente ordenada dos versos meus ou de Tchellonious ou de Tchello Melo ou de Marciano Macieira ou de algum lugar.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Murmúrios
Não quero recorrer
Aos mesmos temas
Nem me socorrer
Apenas por poemas
Deslizando pelos muros
De dentro de casa
Eu me alento com os murmúrios
Entre o tudo e a fachada
Eu me canso de correr
Prum lugar misteriosamente alto
Onde eu posso discorrer
Acerca de fantasias e fatos
Não careço mais da primeira vez
De fugir de mim
Todo começo de mês
E do fim.
Aos mesmos temas
Nem me socorrer
Apenas por poemas
Deslizando pelos muros
De dentro de casa
Eu me alento com os murmúrios
Entre o tudo e a fachada
Eu me canso de correr
Prum lugar misteriosamente alto
Onde eu posso discorrer
Acerca de fantasias e fatos
Não careço mais da primeira vez
De fugir de mim
Todo começo de mês
E do fim.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
O gari
Recolhendo da minha cabeça
Piolhos velhos e grilos
Não reclamo da vida de bobeira
Sorrir às vezes é difícil
Eu não posso fazer confusão
Entre a essência da mudança
E a vontade oca, de ocasião,
A que nunca se alcança
Catando à noite o lixo
Sob uma chuva confortante
Depois de dias de maçarico
Só o gari queria como estava antes.
Piolhos velhos e grilos
Não reclamo da vida de bobeira
Sorrir às vezes é difícil
Eu não posso fazer confusão
Entre a essência da mudança
E a vontade oca, de ocasião,
A que nunca se alcança
Catando à noite o lixo
Sob uma chuva confortante
Depois de dias de maçarico
Só o gari queria como estava antes.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Apenas por mim
Saio do jardim
Descampado
Apenas por mim
Desamparado
Não mais assim
Nem torturado
As noites em brasa
Como um inferno
Vêm e me abraçam
Acho tudo eterno
Quando atrasa
Acabo em versos.
Descampado
Apenas por mim
Desamparado
Não mais assim
Nem torturado
As noites em brasa
Como um inferno
Vêm e me abraçam
Acho tudo eterno
Quando atrasa
Acabo em versos.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Âncoras
Praticando o exercício
De evitar as câimbras
E a submersão no rio
De submissões e piranhas
Eu nado, voo e corro atrás
Preferindo o vício
Que sustente âncoras
De legítimo compromisso
Com a minha esperança
Eu me recupero em paz.
De evitar as câimbras
E a submersão no rio
De submissões e piranhas
Eu nado, voo e corro atrás
Preferindo o vício
Que sustente âncoras
De legítimo compromisso
Com a minha esperança
Eu me recupero em paz.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Meu assunto
Não vou falar muito
Do que farei esta vez
É meu assunto
E não de vocês
Talvez pareça
Que nada acontece
Nem ao papo-cabeça
A neurose agradece
Mas saio do deslumbre
Ensaio um novo papel
Caio das nuvens
E jazo no céu.
Do que farei esta vez
É meu assunto
E não de vocês
Talvez pareça
Que nada acontece
Nem ao papo-cabeça
A neurose agradece
Mas saio do deslumbre
Ensaio um novo papel
Caio das nuvens
E jazo no céu.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
O cavalo e a estrela
O cavalo que brilho
Quando me ofusco
Não me deixa ser meu filho
Eu nem me cuido
Tenho me lembrado da ocasião
Em que ainda cabia no berço
Não quero entrar no caixão
Antes do tempo que mereço
A estrela que eu cavalgo
E me carrega
Pode me levar mais alto
Do que me pregam.
Quando me ofusco
Não me deixa ser meu filho
Eu nem me cuido
Tenho me lembrado da ocasião
Em que ainda cabia no berço
Não quero entrar no caixão
Antes do tempo que mereço
A estrela que eu cavalgo
E me carrega
Pode me levar mais alto
Do que me pregam.
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