Tudo passa
A sobra, o riso
A cova rasa
O vasto risco
Que afasto a tapas
Entre carnes de borracha e mocotós
Menos colombo do que imbasa
E passatempos e tombos sós
O que se passa
Para nas paredes
Da minha casa
Sozinha sede.
Compilação randomicamente ordenada dos versos meus ou de Tchellonious ou de Tchello Melo ou de Marciano Macieira ou de algum lugar.
sábado, 31 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Agora há mais
Não quero me ludibriar
Com essas promessas
Como se não caísse jamais
Nas minhas conversas
Agora há mais números
Do que seres humanos
Agora há mais muros
Câmeras e novas morais cercando
A parada é viver a vida
Porém não como no Leblon
E respirar amizades coloridas
É luz solar em vez de neon.
Com essas promessas
Como se não caísse jamais
Nas minhas conversas
Agora há mais números
Do que seres humanos
Agora há mais muros
Câmeras e novas morais cercando
A parada é viver a vida
Porém não como no Leblon
E respirar amizades coloridas
É luz solar em vez de neon.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Nos móveis do meu lar
Chorei ao ouvir Lennon
Um flashback
Para quando era mais ingênuo
E menos moleque
Quero voltar a viajar
Nas coisas simples
Nos móveis do meu lar
As lições não eram tão difíceis
Preciso pensar no asco
Autêntico pelo paraíso
Prático, higiênico, plástico
E fácil para o sorriso
Resolvendo os problemas
Do meu mundo e mundanos
Vou para a paz do cinema
Se é que não me engano.
Um flashback
Para quando era mais ingênuo
E menos moleque
Quero voltar a viajar
Nas coisas simples
Nos móveis do meu lar
As lições não eram tão difíceis
Preciso pensar no asco
Autêntico pelo paraíso
Prático, higiênico, plástico
E fácil para o sorriso
Resolvendo os problemas
Do meu mundo e mundanos
Vou para a paz do cinema
Se é que não me engano.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Muito mais do que eu pra mim
Vendo livros
Lendo filmes
Pra ver se me livro
Do que me deprime
Com desconhecidos
Muito mais do que eu pra mim
Visto músicas
Visito quadros
Pra pintar uma fuga
Pra qualquer lado
Mudo de figura
E ainda faço parte do gado.
Lendo filmes
Pra ver se me livro
Do que me deprime
Com desconhecidos
Muito mais do que eu pra mim
Visto músicas
Visito quadros
Pra pintar uma fuga
Pra qualquer lado
Mudo de figura
E ainda faço parte do gado.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Como se fosse tão fácil assim
Eu financio os meus suicídios
Dou de ombros
E empresto os ouvidos
Aos meus sonhos
Duvidosos e divididos
Entre o edifício e os escombros
Eu planejo os meus sequestros
Banco a farsa e o refém
Busco sempre o que detesto
Nos dejetos da infâmia e do desdém
Do entusiasmo ao tédio
Sou todos e ninguém
Eu apoio os meus boicotes
Mobilizo multidões contra mim
Agiotas em prol do meu calote
Como se fosse tão fácil assim
E discuto a minha relação com a morte
Tentando dissuadi-la do meu fim.
Dou de ombros
E empresto os ouvidos
Aos meus sonhos
Duvidosos e divididos
Entre o edifício e os escombros
Eu planejo os meus sequestros
Banco a farsa e o refém
Busco sempre o que detesto
Nos dejetos da infâmia e do desdém
Do entusiasmo ao tédio
Sou todos e ninguém
Eu apoio os meus boicotes
Mobilizo multidões contra mim
Agiotas em prol do meu calote
Como se fosse tão fácil assim
E discuto a minha relação com a morte
Tentando dissuadi-la do meu fim.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Vontades empanadas
Eu me divirto com nada
Com todo este fastio
Das vontades empanadas
Pelos conselhos frios
Das pessoas de cima
Eu exijo muito pouco
Perto da minha grandeza
De anódino e bucólico
Poeta da natureza
Das ideias, das rimas
Não ensaio o bastante
Para entrar na dança
Das coleiras e barbantes
Só assimilo a mudança
De estilos e do clima.
Com todo este fastio
Das vontades empanadas
Pelos conselhos frios
Das pessoas de cima
Eu exijo muito pouco
Perto da minha grandeza
De anódino e bucólico
Poeta da natureza
Das ideias, das rimas
Não ensaio o bastante
Para entrar na dança
Das coleiras e barbantes
Só assimilo a mudança
De estilos e do clima.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Tudo e até
Tudo é necessário,
Até o supérfluo
Carro caro
O caos do século
Tudo é descartável
Até o capital
São outros centavos
Eterno carnaval.
Até o supérfluo
Carro caro
O caos do século
Tudo é descartável
Até o capital
São outros centavos
Eterno carnaval.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
O sorriso, a seiva e o verniz
Achando que estava feliz
A realidade me invade e me dissolve
O sorriso, a seiva e o verniz
Rabisco o sol enquanto chove
Mesmo na primavera, está tudo gris
E esta ressaca não acaba nem com engov
Estava convicto de que tinha alegria
Até a infelicidade bater na minha porta
E tocar direto a campainha
Agora eu rezo para que não haja volta
Da melancolia que vicia
Preciso de vida, ainda que remota.
A realidade me invade e me dissolve
O sorriso, a seiva e o verniz
Rabisco o sol enquanto chove
Mesmo na primavera, está tudo gris
E esta ressaca não acaba nem com engov
Estava convicto de que tinha alegria
Até a infelicidade bater na minha porta
E tocar direto a campainha
Agora eu rezo para que não haja volta
Da melancolia que vicia
Preciso de vida, ainda que remota.
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