Careço viver sem medo
Da vida, da morte
E das bondades que cometo
A realidade morde
Quem não acorda cedo
Até quem não dorme
Não servem elogios
Ao ego em renúncia
Em troca de mil relógios
No intuito de que nunca
Chegue agora logo
Neste dia de segunda.
Compilação randomicamente ordenada dos versos meus ou de Tchellonious ou de Tchello Melo ou de Marciano Macieira ou de algum lugar.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Da pacata beligerância
Não gosto de agir
Como se estivesse sob câmeras
Quando a ideia surgir
Junto com a luz da lâmpada
Não vou guardá-la pra mim
Gritando da varanda
Num horário jamais ruim
Para toda a vizinhança
De terno, de tailleur ou de jeans
Antes que seja lá pelas tantas
Um detalhe pode ser o estopim
Da pacata beligerância
Para saber enfim
A quantas anda
A tática do motim
Nesta alma estática que comigo dança
Apesar do boletim
De notas nefandas
Não será sempre assim
Até porque cansa.
Como se estivesse sob câmeras
Quando a ideia surgir
Junto com a luz da lâmpada
Não vou guardá-la pra mim
Gritando da varanda
Num horário jamais ruim
Para toda a vizinhança
De terno, de tailleur ou de jeans
Antes que seja lá pelas tantas
Um detalhe pode ser o estopim
Da pacata beligerância
Para saber enfim
A quantas anda
A tática do motim
Nesta alma estática que comigo dança
Apesar do boletim
De notas nefandas
Não será sempre assim
Até porque cansa.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Praia nova
A roda é viva
Às vezes por baixo
Noutras por cima
Da depressão ao entusiasmo
Assim é a vida
Com renascenças e suicídios diários
Tudo se contorna
A água ferve
E quando não evapora
Arrefece
Depois de ficar morna
Temperatura de pele
A moda é cíclica
O que era clássico
Pode ser alvo de críticas
O que tinha tudo pra ser um fiasco
Bomba nas mídias
Impressas e digitais, até nos classificados
Eu nunca soube
O quão me consola
A linha do horizonte
De uma praia nova
Aos olhos de ontem
Um colírio de hoje melhora.
Às vezes por baixo
Noutras por cima
Da depressão ao entusiasmo
Assim é a vida
Com renascenças e suicídios diários
Tudo se contorna
A água ferve
E quando não evapora
Arrefece
Depois de ficar morna
Temperatura de pele
A moda é cíclica
O que era clássico
Pode ser alvo de críticas
O que tinha tudo pra ser um fiasco
Bomba nas mídias
Impressas e digitais, até nos classificados
Eu nunca soube
O quão me consola
A linha do horizonte
De uma praia nova
Aos olhos de ontem
Um colírio de hoje melhora.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Prenhe
Só vou parar de chutar
A sombra minha
Quando o meu sol chegar
Ao meio-dia
Ainda que eu experimente
Os pontapés por dentro
Feito prenhe
De mim mesmo
Cujo nascimento
Não se calcula
Nos nove meses de praxe
Nem de forma prematura
É uma fase
Em que o tempo
Precisa de um tempo
Mais do que eu, quem sabe
Para me dar à claridade
Enquanto rola nada, nado ao vento.
A sombra minha
Quando o meu sol chegar
Ao meio-dia
Ainda que eu experimente
Os pontapés por dentro
Feito prenhe
De mim mesmo
Cujo nascimento
Não se calcula
Nos nove meses de praxe
Nem de forma prematura
É uma fase
Em que o tempo
Precisa de um tempo
Mais do que eu, quem sabe
Para me dar à claridade
Enquanto rola nada, nado ao vento.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Neste ânus de eleição
Muitas janelas abertas
Menos na casa
Do que na tela
E as portas andam trancadas
Os pés danificam tênis
De poucas semanas
Quando me entendem
Viro um cara bacana
Está difícil ter ereção
Por qualquer candidato
Neste ânus de eleição
Pinta mais cachorro do que mato.
Menos na casa
Do que na tela
E as portas andam trancadas
Os pés danificam tênis
De poucas semanas
Quando me entendem
Viro um cara bacana
Está difícil ter ereção
Por qualquer candidato
Neste ânus de eleição
Pinta mais cachorro do que mato.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Café, água e migalhas
Preste atenção
Não me empreste tensão
Que já me é gratuita
Com tanta labuta
Eu me sinto num filme de terror
Quando fico de mau humor
E torço pra que o tempo corra
E escorra esta porra
No ônibus do mesmo rumo
Catatônico, leio e durmo
Compensando as horas pagas
Por café, água e migalhas.
Não me empreste tensão
Que já me é gratuita
Com tanta labuta
Eu me sinto num filme de terror
Quando fico de mau humor
E torço pra que o tempo corra
E escorra esta porra
No ônibus do mesmo rumo
Catatônico, leio e durmo
Compensando as horas pagas
Por café, água e migalhas.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
O que eu sei
Entre a loucura
E a cura
O que eu sei
É a procura
Em ginásios
E estádios
Eu já joguei
E também no rádio
Com os acessos
Obscuros e acesos
Feito um rei
Pelo avesso.
E a cura
O que eu sei
É a procura
Em ginásios
E estádios
Eu já joguei
E também no rádio
Com os acessos
Obscuros e acesos
Feito um rei
Pelo avesso.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
A sede e o incêndio
Para quem encontra
Harmonia no tumulto
Uma ração de bagunça
Para quem compra
Alegria no insulto
Um instante de nunca
Eu sempre postergo
O que me antecipa
Hoje eu retiro o lixo e outros egos
Da minha mochila
Talvez eu navegue
Mais leve e higiênico
Não é qualquer água que debele
A sede e o incêndio
Para quem conta
Com a agonia no futuro
Um degelo de segunda
Para quem se assombra
Todos os dias com tudo
Um ósculo na nuca.
Harmonia no tumulto
Uma ração de bagunça
Para quem compra
Alegria no insulto
Um instante de nunca
Eu sempre postergo
O que me antecipa
Hoje eu retiro o lixo e outros egos
Da minha mochila
Talvez eu navegue
Mais leve e higiênico
Não é qualquer água que debele
A sede e o incêndio
Para quem conta
Com a agonia no futuro
Um degelo de segunda
Para quem se assombra
Todos os dias com tudo
Um ósculo na nuca.
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