Para quem pensa
Que sabe o que se passa
Nos meus miolos
A pessoa acha apenas
E não encontra palavra
Alguma dos meus olhos.
O silêncio é uma sentença
Maior do que a alma
Cujo suor sai por poros
Incógnitos à ciência
Quero delibar esta água
E me derramar no córrego.
Compilação randomicamente ordenada dos versos meus ou de Tchellonious ou de Tchello Melo ou de Marciano Macieira ou de algum lugar.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Arcabouço
Na tentativa de me ver
Através de um espelho
Sem reflexo nenhum
Noto que eu não sou você
Muito menos modelo
Com um sorriso de costume
Na experiência de expor
O que tenho no arcabouço
Além do imo e do clima
Percebo os limites do meu interior
A mudança começa aos poucos
E ignora quando termina
Respirando com fleuma
Consciência e profundidade
Evaporam-se os problemas
E se traz e se traga o que vale
Conspirando em prol
Do que só é benéfico
Transpira o próprio sol
Aonde se vai sem teleférico.
Através de um espelho
Sem reflexo nenhum
Noto que eu não sou você
Muito menos modelo
Com um sorriso de costume
Na experiência de expor
O que tenho no arcabouço
Além do imo e do clima
Percebo os limites do meu interior
A mudança começa aos poucos
E ignora quando termina
Respirando com fleuma
Consciência e profundidade
Evaporam-se os problemas
E se traz e se traga o que vale
Conspirando em prol
Do que só é benéfico
Transpira o próprio sol
Aonde se vai sem teleférico.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Porque é domingo
Admito que se aumente
O amigo parapeito
Desde que não me saia da mente
A visão apaixonante do precipício
Obedeço até a quem não merece
A quem não mereço
Mas que a discussão não comece
Hoje porque é domingo
É um dia para ficar leve
A ponto de voar a passeio
Via imaginação também serve
Não carece de santo nem de cinto.
O amigo parapeito
Desde que não me saia da mente
A visão apaixonante do precipício
Obedeço até a quem não merece
A quem não mereço
Mas que a discussão não comece
Hoje porque é domingo
É um dia para ficar leve
A ponto de voar a passeio
Via imaginação também serve
Não carece de santo nem de cinto.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Dose de sol
Tento colocar em ordem
A minha cabeça
Que os grilos mordem
Apesar da iminência
Do bom senso ou da sorte
Em tinta ainda fresca
Pinta uma mão sobre
Os ombros da consciência
E outra pra pegar uma dose
De sol antes que a noite beba
Caindo num sadio porre
Sem submissão nem soberba.
A minha cabeça
Que os grilos mordem
Apesar da iminência
Do bom senso ou da sorte
Em tinta ainda fresca
Pinta uma mão sobre
Os ombros da consciência
E outra pra pegar uma dose
De sol antes que a noite beba
Caindo num sadio porre
Sem submissão nem soberba.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
A fauna do deserto
Ando descoberto
A pé na rua
Sob uma fina chuva
A fauna do deserto
No país idolatrado
Neste verão senegalês
O oásis da vez
É o ar-condicionado
Com o dinheiro do táxi
Eu volto de ônibus
Ganho um desconto
De quase grátis.
A pé na rua
Sob uma fina chuva
A fauna do deserto
No país idolatrado
Neste verão senegalês
O oásis da vez
É o ar-condicionado
Com o dinheiro do táxi
Eu volto de ônibus
Ganho um desconto
De quase grátis.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
De guerra e de trégua
Vamos logo sem paredes
Em redes sem intrigas
Apenas em rodas de entregas
E de tragos gratos
Chega de estragos
E de regras desse jogo
De guerra e de trégua
No grito do joio no trigo
Pra dar um tempo à têmpora
Pro radar ficar de molho
Do molho ao dente por tridente
E do olho por ferrolho.
Em redes sem intrigas
Apenas em rodas de entregas
E de tragos gratos
Chega de estragos
E de regras desse jogo
De guerra e de trégua
No grito do joio no trigo
Pra dar um tempo à têmpora
Pro radar ficar de molho
Do molho ao dente por tridente
E do olho por ferrolho.
domingo, 11 de janeiro de 2009
Lá pelas tantas
Cada gesto
É um escândalo
Mesmo discreto
Causa espanto
Os olhos vítreos
Buscam nitidez
Mordiscam os vizinhos
Que ocultam a nudez
E no final das contas
Lá pelas tantas
Horas tontas
Atentas são as plantas.
É um escândalo
Mesmo discreto
Causa espanto
Os olhos vítreos
Buscam nitidez
Mordiscam os vizinhos
Que ocultam a nudez
E no final das contas
Lá pelas tantas
Horas tontas
Atentas são as plantas.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Muita hora nesta calma
O isolamento se divide
Entre livre e triste
Parece tão longe e simples
O equilíbrio de antanho
As gargalhadas se calam
Muita hora nesta calma
Para desfazer a mala
E lavar a alma no banho
Não é que não tenha
A viagem valido a pena
Apenas saíram de cena
As vendas para dormir sem tardança
Quase nem sempre é por pouco
A insanidade é uma questão de foco
De passagem, de didática e de gosto
Pela estática em plena dança.
Entre livre e triste
Parece tão longe e simples
O equilíbrio de antanho
As gargalhadas se calam
Muita hora nesta calma
Para desfazer a mala
E lavar a alma no banho
Não é que não tenha
A viagem valido a pena
Apenas saíram de cena
As vendas para dormir sem tardança
Quase nem sempre é por pouco
A insanidade é uma questão de foco
De passagem, de didática e de gosto
Pela estática em plena dança.
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