sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Um Cervantes no almoço




Um Cervantes no almoço 

É muito bom pra ficar pintando Miró

Admito que fui menos moço

Na minha adolescência de lá e dó

Tanta revolta, tanto alvoroço

Vazio na volta e no bolso

Cheio de razão

Na revolução

O povo na fila do osso

No fundo do poço

Indignação

Não rima com alienação.










domingo, 7 de novembro de 2021

Quando for eu mesmo

 






Quantos planos

Você nega

E nem aposta?

Quantos pianos

Você carrega

Nas costas?

Com a peça devida

Quando for eu mesmo no sangue

Serei alguém na vida

São tantos colegas

Que receberam colas

E agora dão as costas

São tantas léguas

Percorridas desde a escola

Moradias nas encostas

Não são meros adornos

Se trabalhasse com bumerangues

Certamente teria retorno.