Faz tanto tempo
Que eu nem lembro
Se foi em julho
Ou em setembro
O grande mergulho
O mês é o de menos
Faz tanto tempo
Que fiquei sabendo
Dos meus sonhos
Ajeitados pelo vento
Daquele outono
Mesmo assim, eu tento
Faz tanto tempo
Que eu me apresento
Sob este verniz
Ferozmente sereno
Que pareço ser feliz
Falando o que não penso.
Compilação randomicamente ordenada dos versos meus ou de Tchellonious ou de Tchello Melo ou de Marciano Macieira ou de algum lugar.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
No meio do nevoeiro
Meu amor me adverte
A respeito dos bueiros
Das pessoas reais e das marionetes
No meio do nevoeiro
Onde não é fácil
Saber quem está do meu lado
Minha advertência me ama
A despeito da paranoia
E do desejo de ficar na cama
A cada manhã que se força em ser nova
Enquanto me refaço
Na alquimia da fantasia em fato.
A respeito dos bueiros
Das pessoas reais e das marionetes
No meio do nevoeiro
Onde não é fácil
Saber quem está do meu lado
Minha advertência me ama
A despeito da paranoia
E do desejo de ficar na cama
A cada manhã que se força em ser nova
Enquanto me refaço
Na alquimia da fantasia em fato.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Em caso de emergência
Em caso de emergência
Mantenha a alma
Não como quem pensa
Em preservar a fauna
Para pô-la à venda
Às camadas sociais mais altas
Mas como quem não admite
Ser um zumbi sem apetite
Em caso de emergência
Mantenha a palma
Colada à outra, em clemência
À colossal sauna
Para deixar a temperatura amena
Aos animais da jaula
Onde um fiapo de voz resiste
À surdez de imaginários limites
Mantenha a alma
Não como quem pensa
Em preservar a fauna
Para pô-la à venda
Às camadas sociais mais altas
Mas como quem não admite
Ser um zumbi sem apetite
Em caso de emergência
Mantenha a palma
Colada à outra, em clemência
À colossal sauna
Para deixar a temperatura amena
Aos animais da jaula
Onde um fiapo de voz resiste
À surdez de imaginários limites
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Menos do que tanto
Não vou permitir que meus cabelos
Fiquem mais brancos
De graça
Sobretudo numa sexta
Tenho que pensar nos meus medos
Menos do que tanto
A dor sempre passa
Não segue inteira
Eu sei que não mereço
Estragar o que alcanço
Já fiz merdas crassas
Sem abrir depois a torneira.
Fiquem mais brancos
De graça
Sobretudo numa sexta
Tenho que pensar nos meus medos
Menos do que tanto
A dor sempre passa
Não segue inteira
Eu sei que não mereço
Estragar o que alcanço
Já fiz merdas crassas
Sem abrir depois a torneira.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Marasmos e temporais
Eu preciso sair da ostra
E não é pra ser um astro
Das colunas sociais
A arte me mostra
Feito estandarte no mastro
Entre marasmos e temporais
Estou em pleno processo
De redução das mil pernas
E dos quinhentos braços
Reconheço que é só o começo
Das revoluções internas
Dos intuitivos passos
Não tenho que colar a orelha
Ao meu coração
Para saber o que me diz
A luz do semáforo não será mais vermelha
Vou atropelar a razão
Prefiro ser feliz.
E não é pra ser um astro
Das colunas sociais
A arte me mostra
Feito estandarte no mastro
Entre marasmos e temporais
Estou em pleno processo
De redução das mil pernas
E dos quinhentos braços
Reconheço que é só o começo
Das revoluções internas
Dos intuitivos passos
Não tenho que colar a orelha
Ao meu coração
Para saber o que me diz
A luz do semáforo não será mais vermelha
Vou atropelar a razão
Prefiro ser feliz.
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