quarta-feira, 21 de agosto de 2019

O projétil de porte de trauma

No cotidiano da vida
A alma quiçá parta cedo
Conquanto haja alegria
Ela não é falsa nem de brinquedo
Embora possa ser ígnea
A alma não é apenas de fogo
Apesar de ser íntegra
A alma pode entrar no jogo
Como um fuzil, espingarda
Carabina, garrucha, rifle
Revólver e pistola, a alma
Possui calibre
O projétil de porte de trauma
Já anda a pleno pavor
Sob a supressão da flora, da fauna
Da humanidade, da paz e do amor.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Tem cada uma

Sob boas-vindas à fase adulta
A vida é dura
Desde que a morte durma
A vida dura
Mais do que a densa bruma
Ou a dança das nuvens de dúvidas
Uma nova atitude saúda
Se a situação não muda
Para a realidade plúmbea
Ficar dourada dura uma chuva
Uma tempestade na cuca
Uma linguagem oculta
Nas notas da música
Nas anotações malucas
Tem cada uma mais lúcida
Do que qualquer consulta.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Uma cisma

A partida
Não está ganha
Ainda
Joguemos com gana
A realidade desanima
E dilui a esperança
Já tão ínfima
E estranha
Eu tenho uma cisma
Desde a infância
Apesar do clima
Atual de ignorância
A vida
É uma grande montanha
Vamos subi-la
Talvez fique plana.