quinta-feira, 17 de novembro de 2022

A gente pensa que finge

 




Entre o que se erige

E o que se erode

São sustentáculos

São tentáculos

Quando o tempo cinge

Um instante, um corte

No ego são ecos

De séculos

Cegos por esfinges

Asseclas de Herodes

São ridículos

São um risco 

Quando a vida exige

Uma saída, um norte 

São colapsos

Lapsos de um rapto

A gente pensa que finge

Ser inteligente e forte

São pináculos

São pitacos

Viva Santa Edwiges 

Viva São Jorge

Viva São João

Viva São Sebastião

Um dia se decide

Entre o vídeo e a morte

Live e escuridão

Postagem e coração.









terça-feira, 8 de novembro de 2022

A respeito do efeito do caos

 



Abrindo uns parentes

Fechando ásperas

Cabem umas vítimas

Desafio

Deus a fio

Joguetes

Foguetes

Na hora de colocar

Um ponto, afinal

Aonde vai

O pêndulo

Quando se distrai

O pensamento?

O tempo passa voando 

E não é mais quando 

Sabia de cor

A canção seguinte

Do disco favorito

Ou um pedaço de poesia pura

Para a prova de Literatura 

De fato admito

Que o entretenimento

É uma boa proteção

Uma das melhores marquises 

Contra as tempestades morais

Amparado pelo rock do Barão

Vermelho como os versos violentos 

De Vinícius de Moraes

Eu sigo sobrevivendo

No padrão, na contramão

Atores e atrizes

Nas coxias ou no proscênio 

Vamos nas diretrizes

De anos mais felizes

E sensacionais 

Com menos crises

Existenciais 

A hora da emissão

Da nota fiscal

Ou do próprio poema

A respeito do efeito do caos

Nas pessoas que pensam

A despeito e pelo coração

É uma convenção

É uma polêmica.