terça-feira, 16 de junho de 2009

Talvez mais sujeito

Sou a pessoa de sempre
Inesperada
Sou uma pessoa contente
O que não me agrada

Silente, ciente
Descontrolado
Sou alguém pra frente
Que perde o horário

Sou o mesmo sujeito
Vago na yoga
Talvez mais sujeito
Ao vácuo agora.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Com amor e sem medo

Embora soe velho
O meu discurso
Gasto no espelho
Ou mudo o percurso
Ou eu me perco
No rio turvo
De jacarés, de janeiro
E dos meses últimos

Vou embora mais velho
Para um novo mundo
Sonhado desde cedo
Mas não o achava útil
Por vaidade e desespero
Que não me deixavam um duto
Para marchar com amor e sem medo
Pelo caminho do meio de tudo.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Se é que não me engano

O desleixo é a alma do divórcio
Se é que não me engano
Há tempos que não me esforço
A deixar os outros contentes
E vitoriosos com meus danos

Fazendo qualquer negócio
Pra não acoimar tanto
O que de fato não posso
Carcomer com os dentes
Que já foram mais brancos.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Descalço

Eu não tenho a obrigação
De ser arrumado
E animado
Como na televisão

Embora me coajam
Pelo teatro da vida
Sob uma simulação mais adquirida
Do que inata

Eu não preciso abraçar
O caminho fácil
E falso
Vou descalço ao meu lugar.