segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O sorriso, a seiva e o verniz

Achando que estava feliz
A realidade me invade e me dissolve
O sorriso, a seiva e o verniz

Rabisco o sol enquanto chove
Mesmo na primavera, está tudo gris
E esta ressaca não acaba nem com engov

Estava convicto de que tinha alegria
Até a infelicidade bater na minha porta
E tocar direto a campainha

Agora eu rezo para que não haja volta
Da melancolia que vicia
Preciso de vida, ainda que remota.

Um comentário:

Marcelo Mayer disse...

acho muito foda poemas a lá dante
essa forma de rimar (como no meu http://cransauce.blogspot.com/2009/10/amor-interno.html )

e ótimo o último verso. mesmo na "calmaria" desejamos respirar. que merda isso, né?

muito bom!

abraços