terça-feira, 3 de agosto de 2010

A sede e o incêndio

Para quem encontra
Harmonia no tumulto
Uma ração de bagunça

Para quem compra
Alegria no insulto
Um instante de nunca

Eu sempre postergo
O que me antecipa
Hoje eu retiro o lixo e outros egos
Da minha mochila

Talvez eu navegue
Mais leve e higiênico
Não é qualquer água que debele
A sede e o incêndio

Para quem conta
Com a agonia no futuro
Um degelo de segunda

Para quem se assombra
Todos os dias com tudo
Um ósculo na nuca.

Um comentário:

Fabricio Fortes disse...

Meu amigo TchellO! è sempre bom aparecer por aqui e ver que tua produção segue de-vento-em-popa. Abraço!