terça-feira, 13 de novembro de 2012

A respeito do agendamento da minha vida


Sentado na ponta do sofá-cama
Penso se me safo do coma
Enquanto a morte não me chama
De volta
Flutuo sobre a poltrona
Estrategicamente voltada à tela
A que seu olhar - sua janelona - se atrela
Apesar das estrelas
De brilho raro
Eu não paro
De refletir
Sem espelho claro
A respeito do agendamento da minha vida
Numa folha antiga e esquecida
Numa rolha que abriga a bebida
Juntamente com a garrafa
Junto à mente o corpo
Numa tragada desligada
Se vencer ventos birrentos com o próprio sopro
Se dispensar o sono para ter sonhos.

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