terça-feira, 18 de junho de 2013

A primavera brasileira

Do berço esplêndido o gigante se despertou
Com tanta violência e opressão
A panela de pressão destampou
Transbordando o caldo de indignação
A primavera brasileira começou
Entre o outono e o inverno
Verão
Os que ainda não estão com os olhos abertos
E se elevarão
As vozes, os cartazes, os celulares, as cabeças e os punhos
Numa espécie de réveillon
A partir de dezessete de junho
Ano novo
Vida nova
O poder emana do povo
Que não se engana mais com a Copa
Enchendo a bola e os bolsos
Dos mesmos coronéis nojentos
Queremos enfim a sobremesa depois da insossa sopa
Servida à força desde mil e quinhentos
Não haverá mais colher de chá
Vamos colher transparência nos gastos, nos gestos e nos gostos já!


Um comentário:

Lita Sahun disse...

Amadurece!
Cria asas, Brasil
O caminho é longo
E começa agora

Tchelo querido!
Estamos em uníssono!