sábado, 13 de outubro de 2018

Para os canalhas, canalhas, canalhas

Quando penso
Com calma
Sobre ter calma
Nestes tempos

Sem amor nem alma
Fico bem tenso
Com suor nas palmas
Sem o xis no mapa

Do país que perdemos
Para os canalhas,
Canalhas, canalhas
Desde mil e quinhentos

Confundo a calma
Com a total falta
De conhecimento
Do que está acontecendo

Não é fábula
Mas uma tocaia
Que não caia no esquecimento
Da sombra da fábrica

Nas ondas da praia
Quem se diz isento
É tão sanguinolento
Quanto os crápulas

Que quebram a placa
Que matam à faca
Que metem a porrada
Que cospem na cara

Notícias falsas
Com fundamento
No ressentimento
No ódio, na raiva.

Vou-me embora pra Pasárgada
Eu vou para Maracangalha
Eu vou com o documento
Carimbado de esperança até na mala.

Nenhum comentário: