sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Velho frescor

Ah, o velho frescor
De vinte anos atrás
Quando tinha vinte e poucos
Planos e muita paz
Para dormir com os sonhos

A fragrância juvenil
Povoava o ar
No início dos anos dois mil
Agora não posso respirar
Está o maior sufoco

Eu sou membro
Da derradeira geração
Analógica e me lembro
Da forma em que batia meu coração
No filme que achava longo

Para sair do que me separa
Do frágil estrado
E me jogar na estrada
Sem pijama, no atual estado
Tenho que traduzir o calado estrondo.

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