sábado, 28 de março de 2020

Graças ao ócio

Eu não quero voltar
Para a normalidade
Totalmente insana
Eu me situo no lugar
Onde ninguém invade
Nem seita, gado ou aliança
Eu não necessito retornar
À maratona da cidade
Tonta, notoriamente estranha

Merdas desprezíveis a comprar
Metas inatingíveis a cumprir
Prazos postergáveis a expirar
Prosas inefáveis a exprimir

Graças ao ócio, posso ligar
Para as arcaicas amizades
Resgatando a lembrança
Nunca tive tanto tempo para pensar
Na minha realidade
Repleta de utopias cotidianas
Minto, já fiz isso litros atrás
Aos vinte e cinco anos de idade
Mas caí no equilíbrio e da cama.

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