terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Ventos e naus

 



Batem ventos e naus

Em pontes puídas

Trinta e sete graus

Nas piscinas poluídas


Bailam olhos e chaves

Em portas partidas

Zarpam nuvens e naves

Dos portos perdidos


Tropeçam nos ares

Tortas partidas

Represam os mares

Perdões repetidos


Na dúvida, o charme

Padrões despidos

Velhas charadas

Na leveza do caos


Leis caladas

Choros pedidos

Ouros, espadas

Copas e paus


Petardos e cartas

Um estalo, um alarme

Para saber que tem alma

Para sentir na carne.





Nenhum comentário: