quarta-feira, 19 de março de 2008

Depois do dilúculo

O estômago queima
De chocolate no vácuo
E a noite em ondas teima
Em chacoalhar o barco

Depois do dilúculo
Durante o calor fraco
Dentadas nos músculos
Salivam por sustentáculos

Os livros de astrologia
Proporcionam algo
Que eu já compreendia
Num sentido mágico

Coca-cola zero
A essa hora sugere obstáculos
Na caça por sossego
Mas não embaça como álcool.

Um comentário:

Renato Alt disse...

A musicalidade do texto é excelente. A conexão entre assuntos tão díspares, o despejo de informação... muito bom!
Abraço!