terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Da maternidade ao asilo

O espírito é matéria sutil
E a matéria, espírito com mais peso
O meu corpo é meu abrigo
Templo, reino, tempo e feudo
Cujo perímetro supera o que imagino
Na querela entre a cautela e o medo
Da maternidade ao asilo
Quebram-se os berços
E decretam-se anistias de qualquer exílio
Enquanto resgato a infância, envelheço
Sendo meu avô, pai, irmão e filho
Feito de carne, vento, osso e gesso
Mesmo tendo um só domicílio
Eu moro em todos os endereços.

Um comentário:

Lita Sahun disse...

Todos os domicílios
O mundo é nosso desde o nascimento.
Teto de estrelas, banheira salgada com espuma ou não. Chuveiro de chuva ou cachu e ainda insisto em pagar aluguel!Aff, que lástima!