quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Pela ausência do sol

Às vezes há quem agradeça
Pela ausência do sol
Quando o dia começa
Apesar dos segundos mortos

Tudo vai ficando pior
Até que se reconheça
A firmeza do nó
Da gravata, da forca na garganta

Em cada cabeça
Que cairá igual a dominó
Quando a vergonha for descoberta
Num peteleco ou sopro

O orgulho será maior
Do que a consciência
De quem se enganou
E ainda se engana?

Nenhum comentário: