O que me faz rir
Não é a claque
Posso ter o baque
Do tempo pela canção
Que deixa menos vasta
Toda a devastação
O que dá vontade de aplaudir
Sem ironia
Uma necessária ira
Alguns vão reduzir
À mera heresia
Mais do que anteontem
Anti-ontem
No nadar da carruagem
Na chama e no chamado do horizonte
Negação do saudosismo passado
Para chegar na outra margem
Do rio com forte corrente
Na diagonal nado
Em vez de ir reto, em frente
E direto ao outro lado
O que me faz rir
Não é a humilhação
Dos humildes
Mas quem comete a opressão
Sentir o revide
Da comédia no ringue
Através de um humor
Que critique o opressor
Não há elite
Que se livre
Do mais potente calibre.
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