Os guardas da fronteira
Não me deixam
Atravessar para o norte
Rumo ao interior
A vida é um filme de terror
Psicológico, com cortes
Coleira, colégio, colheita
Entre privilégios e rasteiras
Eu me esqueço do passaporte
Para aquele voo
Bem depois das dez e meia
Não me deixam transpor
Sem pagar as taxas aduaneiras
Já sei que quando for
Preciso, atento e forte,
Portarei na carteira
A alma, o passaporte
Para cruzar o atual estado
O sol ignora a aurora ao se pôr
Para os guardas da fronteira
Ficarem sossegados
Com afinco sendo quem sou
Não é questão de sorte
Mas de intuição certeira.
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