quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O que nesses dias sucede

Estou resignado e cansado
De gastar com geral o meu latim
De me jogar pra tudo quanto é lado
Julgando que é melhor assim

Reconheço que não presta
Bater a minha cabeça grogue
Em todos os bares e festas
Esperando que alguém brote

O que nesses dias sucede
Transcende o próprio sucesso
Sacia o apetite e a sede
E seduz além dos limites do sexo

Não há nenhuma pessoa
No seu e em qualquer lugar
Que me entenda e me ouça
Apenas pela força do olhar

Por mais que eu invente
Palavras, conjunturas e gestos
Nunca estaremos ausentes
É sólido, gasoso, líquido e certo.

2 comentários:

Bianca Feijó disse...

Meu Deus, não consigo transportar as palavras que este poema me fez sentir, tem ritmo, provoca sensações, é intenso e como sempre, parece que foi feito pra mim...

Beijos!

Fabricio Fortes disse...

gostei do poema.. me identifiquei com ele e vou guardar.. afinal, sigo batendo por aí minha cabeça grogue..