segunda-feira, 21 de abril de 2008

Sob domesticação selvagem

Não posso regressar
Quando fui tanto pra frente
Se eu ando pra trás
O tempo fica logo impaciente

Agora eu não recuo
É tarde para quem pensa
Na saudade cara de um minuto
A idade declara sem clemência

Mesmo arfando, não retrocedo
Depois que abiscoitei coragem
Abafando medo
Sob domesticação selvagem

Na onda do oceano
Que estronda até no retorno
Ao passar dos anos
Às estrelas através do lodo.

Um comentário:

4rthur disse...

tua fertilidade verbal é uma fonte inesgotável de versos, né?