domingo, 3 de agosto de 2008

Deve ser

Deve ser coisa boa
O que altera
O que escoa
Do espírito à matéria

O que sei é que só deve
Admito que não ajuda muito
Mas eu me janto leve
E faminto como um minuto

O que sinto eu considero
Que nem um sorriso de criança
No meio das luzes do cemitério
Na ilusão que anima e cansa

Deve ser alguma coisa
O que parece
O que ecoa
Do espaço à parede.

4 comentários:

Jú Carvalho disse...

Talvez seja meu romantismo comigo mesma exacerbado dos últimos tempos, mas isso pra mim é um hino ao amor proprio...
Ou eu dei uma interpretaçã ocompletmaente diferene?

Tchello Melo disse...

Não havia pensado nisso, mas deve ser...

Anônimo disse...

Deve ser... e da dívida se faz a dúvida.. pois se "devo, não nego"...pago quando puder


abraço

Beatriz Provasi disse...

gostei! esse poema tem umas imagens de contradição muito boas! "eu me janto leve e faminto como um minuto", "sorriso de criança no meio das luzes do cemitério"... adorei! te linkei lá no meu pra acompanhar teus poemas aqui. beijos!