terça-feira, 18 de novembro de 2025

Garrancho beletrista

 



Garrancho beletrista

Guerra serena

Paz belicista

Qual é a senha?

Periferia elitista


Autoridade pequena

Papado niilista

Imprensa isenta

A gargalhada matutina 

Não tem efeito colateral


Não dá ressaca nem assassina

Tal felicidade não faz mal não 

É mais forte a minha luz interior

Porque, meu amor, a escuridão 

É uma velha vizinha do andar anterior 


A vida não é o seu drops predileto

Aprendizado a fórceps

Por meio de tentativas e erros

Correção do barômetro interno 

Leitura do mundo como um código


O futuro não será um bar no inferno

Se for um prédio de fé e propósito

O passado, pois é, já está curado

Vai um presente expresso de modo 

Autêntico? É sem compromisso!


Se os aplicativos precisam tanto

De atualização a cada momento 

Nós também precisamos 

Noites fugidias, dias nojentos

Muito tempo gasto a gosto sumindo


Longe de mim, mesmo aqui

Foi longa a noite no labirinto 

Não sei, minto, sei como dormi

Agora é um novíssimo quadro

Deste clube sou sócio-membro

 

O futuro mora nas nuvens, ao lado,

O passado, bem me lembro, 

Já está mofado e acabado

E o presente não é desembrulhado

Somente em dezembro


Garrancho beletrista

Silêncio sônico

Paz belicista

Qual é o sonho?

Poesia astrologística


Não escrevo na areia

Nem grafo no ar

Para que se leia

Ligeireza gravada devagar

Qual é a lenha?














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