quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Serenos papos

Mudo fico
Quando faço
Mímica difícil
À crítica de aço
E prolixa, prefiro
Serenos papos
Em outros retiros
Com menos sopapos.

Tudo refino
Quando deixo
O verbo fixo
No desfecho
Dos velhos ditos
Eu me mexo sem medo
Dos mexericos
Sem nenhum mesmo.

3 comentários:

4rthur disse...

até aonde sei, quem tem c* tem medo.

Diogo Lyra disse...

Serenos papos... pô Tchello, adorei esse! E digo mais: traduz exatamente minha atual fase, muito embora o infame mundo acadêmico me obrigue a ouvir um monte de críticas prolixas!
Mas me chamo Lyra e me admira que neste vasto mundo não seja mais que uma rima, como Raimundo, e sim uma proposta de solução!

Cláudia I, Vetter disse...

Carlos Drummond quase conssonância em citação!

;)