É preciso, mais do que nunca, desurbanizar,
estou asfixiado desta verticalização tamanha,
torna o horizonte mais longe do céu e do mar:
onde estão as casas e as coisas da minha infância?
A especulação imobiliária
vai imobilizar o fluxo,
a cidade está tão inchada
quanto os bolsos dos políticos com seus negócios escusos.
Em vez de arvoredo,
uma selva de cimento,
o que não salva ninguém do medo
do cotidiano violento:
eu quero entrar numa máquina do tempo
se tudo virar um só excremento.
Um comentário:
Guarde um lugar pra mim na máquina do tempo...
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