Mania de perseguição
Dos próprios sonhos
Com lápis à mão
Logo os sonhos também
É um sermão, é um colapso
É uma façanha, um engodo
Uma mecânica, um contrato
Tive infância, eu sei
Está ao lado a renovação
Do mundo hediondo
Relato da autodestruição
O dinheiro é a lei
Já se decompondo
É mister, é preciso
É um dever, é um estrondo
O pedido para mim e você
Apesar da escuridão
O ar vem com uma espécie
De prece, de vento novo
Não só parece como é a vez
Para que a mente pesque
Numa preciosa imaginação
Pela sinapse feliz dos neurônios
Dos canis aos ateliês
Mania de perseguição
Dos meus objetivos
Sou objeto, carne, dente, osso
Louvo a cor da minha tez
E me movo pela respiração
Não tendo, mas sendo espírito
Ar, terra, água e fogo
Alguém fará o que nunca fez
Eu quero usar a camisa
Escolar assinada no fim do ano
Até rasgá-la com o meu tamanho
E nostalgia daqueles futuros dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário