sexta-feira, 18 de julho de 2008

Passo

Ando por entre os prédios
Para espantar o frio
Soprado da praia

Quando tosse o tédio
E me expectoro sozinho
Torço pra que a expiação saia

Passo sem enxergar nos olhos
De quem passa por mim
De quem deixo passar

Colho o imbróglio
E as pragas no jardim
Pra que não me espalhem mais.

Um comentário:

Anônimo disse...

Seus poemas tem uma disposição formal muito recorrente cara (apesar de não parecer proposital)...

Reconheceria um poema seu em uma livro de 500 páginas sem precisar ler.. só olhando as manchas de texto.. As vezes bem reto, as vezes levemente ondulado, dificil encontrar um verso com mais de 6 palavras...nada tão regular, mas Esse ultimo por acaso é de uma simetria vertical impressionantemente agradável

precisamos trocar idéias sobre isso!
abraços, bruno