Silêncio na coxia
Os sonhos não são feitos
Pelos rótulos nem pelas coxas
O céu esplêndido propicia
A ousadia plena no peito
Uma estrela pousa
Aterrissagem da iniciativa
Postura do guerreiro
Contra as obscuras coisas
Em prol da coragem na vida
O orgânico vai embora primeiro
Antes do ânimo, da alma da pessoa
Quietude e telepatia
O teatro está cheio
De abutres, ratos e moscas
Miragem quase memória
Morará aqui na casa um dia
Mais calma do que desespero
Hoje a onda é nova
Agora tudo se inicia
Está pronto o roteiro
Graças ao mapa da rota
Gritos nas entrelinhas
No planetário inteiro
No fluxo das forças
Do proscênio, da coxia
O futuro adentro
A vontade que chora
Pela volta da alegria
Alegoria do tempo
Qual é a idade da Terra?
Quantos anos vivemos?
Na redoma da matéria
Escuto o esclarecimento do silêncio
A despeito da sombra da psicosfera
Eu me mudo pelo amadurecimento
Mensagem em modo procela
Por dias mais felizes
Aquele mundo já era
Depois do apocalipse
Quando é o aniversário da Terra?
Quantos anos eu tive?
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