Câmeras de monitoramento
Câmaras de gás
Camas de espreguiçamento
Ah, manhã fugaz
Quem está de olho?
Oh, como sou vulnerável!
Não sou mais aquele que me foi
Adeus, meu medo é superável
E nasceu comigo em Niterói
Contorcendo o rosto
Quem tem satélite
Controla quem só intui
À flor da pele
O sangue cego flui
Com a saga que segue
São grises os céus azuis
As crises também servem
Os lapsos de luz
Pedalam de tão serelepes
Não me esqueço da minha Caloi
Quem tem sol
Ilumina o porão
De poeira, poluição e pó
Quantos esperarão
Pelo super-herói?
Estes dias dinâmicos
Só se parecem com pressa
A clareza, sim, a certeza em si
Não despreza a conferência
Nem a confusão dos trânsitos
Sonhos se tornam realidade
A natureza não daria incentivo
Nem incêndio a tê-los vivos
Sem essa possibilidade
Cadê a paz daquela promessa?
Serenidade não é tédio
Tampouco calma é inércia
Relaxamento no empenho
Dispenso os excessos
Pensando fora do cabresto
Vai longo o tempo em que água é direito
Em vez de mercadoria
Fica na maravilhosa cidade
O maior porto escravagista
Da história da humanidade.
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