sábado, 16 de março de 2024

O desejo de algo

 

Os piores tempos 

Já passaram da berlinda

Foram os melhores momentos 

Das nossas vidas


Cada ano dura menos

Do que doze meses

Uma dose de pensamento 

Dobra num dia desses


Parece trágico 

Não querer nada 

E o desejo de algo

É o eixo da estrada 


Eu não sei quantas vezes 

Fui sem ter vivido

Eu não sei quantos deuses

Ficam me ouvindo 


Os piores tempos 

Não serão os dias futuros 

Foram senhores ensinamentos 

Pontes no lugar de muros


Vivo como posso, 

Agora nunca é cedo

Porque tenho ideias

Do nada e maturadas


Eu me julgo e me jogo

Jamais deixo que o receio

Do erro me impeça 

Do projeto, da jangada


Eu não sei quantas vezes 

Serei fora de senso

Eu não sei quantos deuses

Ficarão me vendo.



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