sábado, 2 de março de 2024

O baile da alienação

 

O ser humano sempre 

Está com disposição 

De negar o que não entende

A sociedade moderna esquece


Que o mundo não pertence 

A uma única geração

O meu desejo é que pudesse

Aniquilar todos os pensamentos


Que são potentes venenos 

Ao meu êxito, velho texto,

Mas obtenho um tipo de satisfação 

Sendo indulgente com o que penso


Eu não quero dançar 

Antes nem depois da canção 

Apenas danço enquanto durar

O baile da alienação 


Quem se conhece 

Ingressa no universo 

Dos deuses, uma espécie 

Em extinção aos néscios


Eu não danço na prévia 

Nem no enterro dos ossos

Só danço durante a festa

Quando não sou feto nem fóssil.



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