sábado, 16 de junho de 2007

Fortuna

No primeiro instante
O sério semblante

Tão pulcros os cílios
Que parecem postiços

O olhar raio xis
A sacar o que não se diz

Pacotes de sal
E de glicose para todo mal

O prato que limpa
De fato com a língua

O pé que não pára
E a guimba imaginária

Tartarugas, sapos
Cobras e lagartos

O humor selvagem
Por ter sagacidade

A amizade canina
E a vaidade de menina

O amor sempiterno
Do céu ao inferno

E a alma despida
Capta toda a vida

4 comentários:

Anônimo disse...

O seu amor em 11 estrofes,
a fortuna de cada dia...

Amor sempiterno!

Sua Lol.

Fabrício Fortes disse...

esse foi magnífico.. a sorte é essa coisa que não se diferencia em quase nada do acaso..

LEONARDO RIVERA disse...

muito linda, pra caroleta
:)

Diogo Lyra disse...

Como diz um barbudo do Los Hermanos, "a sorte é preciso tirar pra ter"...