sexta-feira, 2 de março de 2007

Junho

Junho


Dentro do sereno
incêndio na cabeça
chamas frias
dias pequenos
sóis se encerram
amarelo se finda
mas no momento
esqueci qualquer esquecimento
a porta do armário está fechada
eu não penso – que importa – em nada
meus olhos apenas
de espanto acenam
um pranto na cena
a platéia não condena
e quanto à imaterialidade
das coisas em que à vontade
me sinto mais, para falar a verdade
já que as rosas não o fazem
eu não sou
só estou.

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