sexta-feira, 2 de março de 2007

Junina

Junina


Escrevo o nome no papel de pão
e o balão tem fome de fogo
para chegar no céu, em vez do chão
sem desvendar a tez do jogo
sem queimar seu papel no filme
que estreará na semana seguinte
lançando silêncios em olhos de lince
minha existência insiste e não desiste
de ser o que ela pede sem querer
fazendo da parede uma janela
quiçá um dia ela possa aparecer
pela fresta onde irradia aquela estrela.

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